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Brasília, DF, Brazil
Pai-Professor-Doutrinador-Artista Amador-Conscienciólogo-Consultor de Idiomas-especializado na Língua Inglesa. Sempai (Ikkyu) de Judô do MahaGuru Goh Thong Mong (Malásia). Aprendiz de Medicina Chinesa sob a tutela do Mestre Dr. Sifu Li Hon Ki (Santa Catarina). Estudioso e pesquisador das raízes das Artes Marciais e a Evolução do Ser. Seguidor das idéias de Joseph Campbell. Multiplicador Certificado do Programa Sri Sathya Sai da Universidade de Sai Baba na India em Educação em Valores Humanos.

5/13/2011

SmallVille Season Finale

Criado em 1932 pela dupla de judeus, o canadense Joseph "Joe" Shuster e o norte-americano Jerrome "Jerry" Siegel em Cleveland, Ohio, o Superman se tornaria o maior ícone e modelo heróico impresso no consciente coletivo do planeta.
...E hoje vai ao ar (nos Estado Unidos) o último capítulo da série norte-americana Smallville que há 10 temporadas vem narrando as aventuras do jovem kryptoniano Kal-El, batizado Clark (interpretado por Tom Welling) pelos pais adotivos Jonathan e Martha Kent, antes dele tornar-se o ícone Superman.
O elenco dessa série, ao longo de sua trajetória, conta com participações de nomes importantes no 'Universo Superman', como Christopher Reeve, Margot Kidder, Dean Cain, Teri Hatcher, Helen Slater, Terrance Stamp e Annette O'Toole, dentre outros.

O termo Superman ou Übermensch foi cunhado pelo alemão Friedrich Nietzsche em seu livro 'Also Sprach Zarathustra' (Assim Falou Zoroastro) de 1883.
O Ümbermensch foi nele descrito como uma espécie de objetivo a ser estabelecido e alcançado pela humanidade.

De acordo com o renomado escritor, filósofo, semiólogo e bibliófilo italiano e (vale a pena mencionar então) dono da maior biblioteca particular do planeta, Umberto Eco, o Superman é um mito moderno construído praticamente inconscientemente pelos diversos autores e artistas que escreveram e desenharam as suas histórias desde a sua criação em 1932.


Em seu artigo na década de 60 cuja proposta revolvia em tornodo seguinte tema: O Superman como modelo de heterodireção, Eco afirma que o Superman é produzido para o homem heterodirigido. Segundo o próprio Eco esse seria o indivíduo “que vive numa comunidade de alto nível tecnológico e numa específica estrutura econômica, e a quem constantemente se sugere o que deve desejar e como obtê-lo de acordo com determinados canais pré-fabricados que o isentam de projetar perigosamente e responsavelmente.”

Em suma, o que Umberto Eco destaca é que o Superman tem como motivação raíz manter o status quo da sociedade que ele jurou defender.


A produção das histórias do Superman, e de outros super heróis, juntamente com outros veículos de cultura em massa como propaganda e marketing colaboram para e persuadem o indivíduo a reafirmar para si mesmo o modelo atual da sociedade, além, é claro, de valorizá-lo.

Apesar de gozar de um status semi-divino (pois no seu calcanhar de Aquiles jaz o brilho verde da kryptonita - fragmentos dos meteoros de seu planeta natal), o Superman não consegue acabar com a fome na África nem com o tráfico nas favelas do Rio de Janeiro. Ele não elimina o terrorismo internacional e nem acaba com as ditaduras consideradas criminosas como as de Cuba e Coréia do Norte. Ele não participa da política norte-americana.

O Superman luta contra inimigos locais.
O Superman é provinciano.
Ele defende a propriedade privada e luta para MANTER a lei e a ordem. Por verdade, justiça e o 'american way'.

São justamente esses os valores colocados como ideais que incentivam o indivíduo a lutar pelas mesmas coisas. Suas extraordinárias habilidades geradas pelo DNA kryptoniano (originalmente projetado para receber os raios do Sol vermelho de Krypton) bombardeado pelos raios Solares amarelos deste sistema solar não levarão o Superman a promover reformas sociais ou depor governos constituídos. Sendo assim, o indivíduo heterodirigido é persuadido e está inclinado a seguir na mesma direção.

Só que o Superman faz parte do sistema.
Umberto Eco defende que o Superman é um poderoso instrumento pedagógico desta sociedade que traz projetos já prontos para o homem heterodirigido.
O Superman é praticamente invulnerável, incentiva a caridade (aparece em eventos beneficentes nas histórias, quadrinho, desenho animado, etc), apoia e serve de exemplo para o respeito a propriedade privada e às leis. Para Eco, o Superman é constrangido a manter suas atividades dentro da esfera social reconhecida. Agora cá entre nós, o Batman não. 

E é por isso (dentre outros motivos) que eu particularmente cultivo o o estado divino do kryptoniano mas no na verdade eu gosto mais do Batman mesmo.
CarlosAmoras



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